segunda-feira, 31 de agosto de 2009

FOGO


FOGO

Que arde, percorre, consome
Passando da abundância, á fome.

Ficando sem norte
Destrói sentidos, perdidos,
Consome a vida, deixando a morte.

Fúria incandescente,
Engole viva, a semente
Que deixa estéril, o presente.

Por onde passa, arrasa
Que voa sem asa
Galopa sem rédea
E deixa sem casa.

É no fogo afinal,
Que está a cor de desejo
O tilintar, do vil metal,
E cinza de sonhos
E o sadismo do mal.

Poema e Tela ilustrativa de Lídia Frade