HOBBY DILAILASILVEX
de LÍDIA FRADE - TRÊS LIVROS PUBLICADOS, PARTICIPAÇÃO EM CINCO ANTOLOGIAS DE POESIA E EM VÁRIAS OUTRAS EDIÇÕES * NASCEU ESTE ESPAÇO EM 11-02-2008 *
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
TEU HINO SENHORA
quinta-feira, 22 de abril de 2021
MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES E TERMINAL CAIS DE NAVIOS DE GRANDE PORTE!!!
http://lidyhart.blogspot.com/ NÃO DEIXE DE VISITAR!!! PELOS CAMINHOS DO RIBATEJO
terça-feira, 9 de março de 2021
JARDIM ENCANTADO
Abro a minha visão ao espaço
Só em linha horizontal
Tenho pinheiros mansos, densos
Um muro branco frontal
Céu cinzento de morrinha
Inverno de clausura infernal.
E neste recanto de jardim encantado
Magnólias rosadas vão-se desfolhando
E suas folhagens já se vão concentrando.
Vestido de noiva, em brancas flores de ameixas
Véu de cauda bordado, em flores de sabugueiro
Ramo de camélias meu chapéu d`aguaceiro.
Jarra de narcisos, oferta de amada
Banquete de laranjas, na Alpendurada
Lírios brancos e roxos, a fazer contraste
É esta a visão da minha janela
E de quem quiser debruçar-se nela.
Lídia Frade
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
POEMA 3º Final
Filipe Leonor e João
Era um trio sem confusão
Sempre amigos em fusão
Mais que irmãos!
Que já causava admiração!
João casou com Leonor
Juravam até seu amor
Mas Filipe foi sem favor
Do trio, o voo de condor
Asas de abraços e beijos sem dor.
E nada havia a explicar
Amizade, passa a verbo amar
Assim são três, num aconchegar
Porque o quarto ao entrar,
Chegou só para ver e admirar!
Do final ninguém se vai esquecer
O dia vai chegar e todos iram ver
O triângulo do amor vai aparecer
A eterna namorada que Filipe quer,
Sem querer, é só uma peça no acontecer.
Assim nossa história já requer um final
E numa só cama, já são três nada mal
São três a gozar, o que vai sendo normal
O quarto retirou, sem explicação cabal
E o trio da história já escolheu seu final.
Lídia Frade
CONTO 2º Final
João e Leonor casaram em Londres nos anos noventa.
Eram emigrantes colegas de trabalho num hotel, numa
ilha inglesa com contrato sazonal.
Em época baixa resolveram ir até á capital para
continuarem mais seis meses, em alguma actividade o que não seria difícil.
Inscreveram-se na embaixada contudo havia outro
entrave, onde ficar, tinham de ter morada e para o conseguirem era forçoso
ficarem juntos, um sozinho não conseguiria pagar a sua estadia.
Como casal, só casados mesmo no papel conseguiriam
arranjar casa, até ali eram só amigos ou amantes, ela adorava-o e não só como
amigo era mais como carraça, que pegava e não largava.
Ele não a via desse jeito, eram grandes amigos sim mas
na força das circunstâncias a solução era mesmo casar.
A sua relação no casamento passou de grandes amigos,
para algo sem amor ou amizade mas de grandes conflitos.
Passaram seis meses regressaram á ilha ao trabalho que
os tinha levado a Inglaterra, e ao encontro dos amigos do ano anterior, lá
tinha ficado Filipe o grande amigo de João, que também era casado e com um
filho.
A amizade e compreensão de Filipe era tudo para João,
aquela separação tinha mostrado aos dois que só juntos poderiam ser felizes,
num grande abraço de amor sem contenção beijaram-se freneticamente.
Desfizeram-se os laços, para traz ficou Leonor gritando
aos quatro ventos a sua frustração.
João casou com Filipe ajudando também a criar o seu
filho, felizes para sempre até que a vida os separe.
Lídia Frade
CONTO 1º Final
João e Leonor são um casal feliz casados já algum
tempo e vivendo ainda com uma harmonia de quase lua de mel.
Certo dia toca a campainha da porta, era Filipe colega
e amigo de João vinha como disse ao ver Leonor para falar com o seu marido, ela
respondeu prontamente que ele estava a trabalhar. Isso já não era novidade para
ele, respondendo apenas que ele estaria a sair de turno e poderia esperar por
ele.
Leonor um pouco tímida e envergonhada cedeu,
deixando-o entrar e esperar pelo marido, dizendo que entrasse para a sala.
Cheia de boa fé pensava Leonor que Filipe era na
realidade o grande amigo de João, ela desconhecia que eles tinham tido uma
desavença ou briga e que aquela visita tinha a intenção de uma provocação ou
vingança.
Quando João chegou e entrou em casa estava Leonor em
amena cavaqueira, servindo até um café ou algo mais, ao amigo de João pensando
até estar a fazer algo que agradasse ao marido, quando de repente ele a puxou e
beijou ao sentir que João estava a entrar, na porta o marido presenciou tudo.
O que acabava de acontecer ali, era apenas uma
vingança de baixo nível, Leonor foi surpreendida por uma briga onde ela era a
protagonista sem o saber.
O suposto amigo foi posto na rua ou atirado para o átrio
com grande fúria e ódio.
João estava louco e maltratou Leonor com furiosos
ciúmes querendo até, obter dela pela força uma confissão, de que tinha existido
beijos ou algo mais entre eles, naquele ou em outro dia qualquer, acreditando
que a sua mulher o tinha traído.
Lídia Frade