domingo, 25 de novembro de 2012

A CADELA NÃO PODE COM TANTOS CACHORRINHOS


CRÓNICA

A CADELA NÃO PODE COM TANTOS CACHORRINHOS

Aprendi com a minha avó!
Quando algo estava a ser pesado demais, na vida de uma pessoa, ou dela própria, a minha avó dizia:
“ A cadela não pode com tantos cachorrinhos”
É mesmo verdade, nestes tempos que se vivem.

Uns tempos atrás, conversando eu sobre, todas as minhas despesas alargadas demais já, para a minha normalidade, larguei esta sem pensar:
“ A cadela não pode com tantos cães!

O meu interlocutor que era o meu Paulo, achou graça á frase, nunca tinha escutado tal coisa, eu expliquei que era um dito que ouvia á minha avó, Joaquina, ele por sua vez, aconselhou-me a escrever e guardar, estas frases engraçadas, para que não me esqueça de utilizar em algo que escreva, e tudo ficou por ai.

Passaram uns dias e, chegou a minha terça-feira, dia da minha folga, dia de estar pelo Ribatejo com a minha mãe.
Estávamos á mesa a almoçar os três, e eu fiz uso de novo, falando das despesas, da mesma frase.
“ A cadela não pode com tantos cães!

A minha mãe escutou e sem fazer comentários sobre o meu engano, e já fazendo parte da conversa, rematou ela,
Sendo assim é verdade:” A cadela não pode com tantos cachorrinhos”

Foi então, que eu caí em mim, como diria a minha avó!
E não admira, quarenta e cinco anos, depois de minha avó morrer, e de eu estar um pouco afastada das conversas provincianas, faz alguns anos, fugiu-me o verdadeiro rumo da frase.

Mas tenho ainda a minha mãe, que nos seus oitenta e seis anos, continua com uma clareza mental de me dar inveja, e me vai lembrando os ditados e muito mais, para eu colocar as peças do meu pazle de lembranças, no devido lugar.
E já não vou esquecer!!!

Difícil é, nos dias de hoje, alimentar tantos cachorros, mamões e esfomeados.

Texto de

LÍDIA FRADE

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ARTESANATO, ARRANJOS FLORAIS, ARRANJOS NATALÍCIOS!!!


ESTE É MAIS UM DOS MEUS QUADROS DE IMAGENS MONTANHOSAS... NÃO RETRATEI NENHUM LOCAL MAS... NASCI EM CENÁRIO MONTANHAS, SÓ MAIS VERDEJANTES!!!

MAIS UM LINDO ARRANJO DE FLORES COM BASE E SUPORTES DE CORTIÇA NATURAL E AS ORQUÍDEAS MINHAS FAVORITAS PARA ESTE ANO FAZER OS MEUS TRABALHOS!!! 

MAIS UM LINDO ARRANJO DOS ÚLTIMOS QUE FIZ!!! BASE LINDA COM UMA PEÇA  DE CORTIÇA AO NATURAL, DOIS TRONCOS, DUAS VELINHAS, UMA ABOBRINHA !!!
ESTES SIM AGORA ESTÃO PARA VENDA, !!!
40X60

O LADO DE TRÁS ONDE SE PODE VER AS DUAS VÉLINHAS TAL COM A ABÓBRINHA!!!

UM PEQUENO ARRANJO, SIMPLES E LINDO!!!


LINDA COROA DE NATAL!!!


BELÍSSIMA COROA !!!



TRABALHOS DE LÍDIA FRADE!!! 

FOTOS LÍDIA FRADE!!!

sábado, 10 de novembro de 2012

OS DEPÓSITOS DO VINHO....SÃO HOJE MEUS VASOS DE FLORES

POSSIVELMENTE A GRANDE MAIORIA VAI IDENTIFICAR DEVIDAMENTE, ESTE MEU ESTRANHO VASO.... MELHOR.... NÃO É SÓ UM SÃO DOIS, IGUALZINHOS, EM TAMANHO E FORMAS.
PASSO A EXPLICAR... SÃO ESTES HOJE VASOS....ONTEM OS DEPÓSITOS ONDE O MEU PAI, O Sr.AMADEU GUARDAVA OS SEUS VINHOS OU ÁGUA-PÉ...POIS ELE ERA POUCO BEBEDOR.
CERTAMENTE OS COMPROU EM ALGUM NEGÓCIO MANEIRADO, QUE ELE ERA PERITO A FAZER.
LOGO QUE TOMEI COMO MINHA A CASINHA COM QUINTAL, QUE ERA DOS MEUS PAIS, E ENCONTREI ESTAS PEÇAS, PEDI A TODAS AS PESSOAS QUE PASSARAM POR LÁ A TRABALHAR NOS ARRANJOS E OBRAS, QUE OS PRESERVASSEM, POIS TINHA JÁ UM DESTINO A DAR-LHES NÃO QUERENDO DANIFICA-LOS.
PONTO ASSENTE, UMA VEZ AS OBRAS E MUROS DO QUINTAL ESTIVESSEM CONCLUÍDOS,  ELES IRIAM FAZER PARTE DO EMBELEZAMENTO DO MEU QUINTAL!!!
ESTÃO JÁ COM UMA PALMEIRINHA CADA UM, E DE CADA LADO, DO PORTÃO QUE SERVE DE ENTRADA PARA O QUINTAL!!!
NÃO ESTANDO TUDO AINDA PRONTO....MOSTRO SÓ OS MEUS VASOS DE ENTRADA!!!



MEU PAI

Homem feliz,

Na procura dos caminhos vida
Na procura do ter
 De ser
De figura garbosa e desinibida,
Meu pai, alegria de viver,
Na procura da liberdade
De uma época… machista
Em caminhos de vaidade
Numa onda insegura e idealista.

MEU PAI

Que incendiaste
De quantas mulheres, os corações
Que usaste ou alegraste,
E até deitaste, em camas de ilusões
Que te seguiram e amaram
Que se perderam, e te perderam
Por esse riso trocista, indecifrável
Por esse ser, enigmático
Mas possivelmente, amável.

È POR ESTE PAI!!!

De um amanhã sonhador
Sem idade, e sem barreiras
A que a vida, não poupando!
Te trousse a angustia e a dor!!!

PARA TI PAI!!!

AS MINHAS PALAVRAS DE AMOR!!!


LÍDIA FRADE




 A MINHA CASINHA TAMBÉM ESTAVA A MERECER UNS VASOS BONITOS E RESPETIVAS PLANTAS, NA MINHA VARANDA, E PORTA DE ENTRADA!!!
 ESTAS AS AZEITONAS QUE JÁ AS APANHEI NO MEU QUINTAL, SÃO DA OLIVEIRA DO MEU TRISAVÔ!!!
ESTÃO COM TRÊS FAZES DE PREPARAÇÃO!!!
AS DA SALADEIRA FORAM AINDA APANHADAS VERDES, FORAM PISADAS COM UM MARTELO, LEVAM SÓ UMA PANCADINHA PARA REBENTAREM.
DEPOIS JUNTA-SE SAL E ESCALDASSE COM ÁGUA QUENTE, CASCA DE LARANJA, ERVAS AZEITONEIRAS OREGÃOS.
MUDASSE A ÁGUA QUENTE VARIAS VEZES   JUNTANDO SEMPRE SAL DE NOVO. 
AO FIM DE DUAS OU TRÊS SEMANAS 
MAIS OU MENOS ESTÃO BOAS PARA COMER.
AGORA A TAÇA PEQUENA QUE,
 FORAM TEMPERADAS COM SAL 
ALHO PICADO MIUDINHO, OREGÃOS, E AZEITE.
 E FICAM PRONTAS PARA COMER.
AS DO BOIÃO FORAM APANHADAS JÁ MADURAS, SÓ AS METI
 IGUALMENTE COM MUITO SAL
E ÁGUA FRIA, JUNTA-SE AS CASCAS DE LARANJAS
 E AS ERVAS AROMÁTICAS, 
FICAM ASSIM DURANTE ALGUNS MESES,
AO FIM DE DOIS A TRÊS MESES JÁ SE PODEM TEMPERAR E COMER..

AS MINHAS COUVINHAS JÁ ESTÃO CRESCIDAS!!!
AS MINHAS LARANJINHAS JÁ ESTÃO BOAS PARA O NATAL!!!!

FOTOS DE LÍDIA FRADE



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

HORIZONTES DA POESIA.....6º ANIVERSÁRIO!!!



ACRÓSTICO

HORIZONTES DA POESIA



H omens e mulheres, participantes

O nde as emoções, rodopiam saltitantes

R efúgio dos regressos, ditados de coração

I lusões reflectidas, sentidas em cada intervenção.

Z eus tempestuoso, em vulcão de poesias

O nde um mar de paixões, reflecte as alegrias

N arciso filho de rio, sedutor de ninfas e donzelas

T erapêutica de solidão, caudal de palavras belas

E sperança em dias, de causas perdidas

S edução nas noites, de insónias vencidas.



D ado que lançamos, num jogo de sedução

A mor que vai brotando, e nos enche o coração



P orto de abrigo, num mar de vidas paradas

O ceâno de aventura, de vidas cristalizadas

E lástico protector, a quem cai de para-quedas

S enso num bem conduzir… os escorregantes de veredas

I magem de solidez, de unidades gratificantes

A udácia de trepadores, em todos os caminhantes.



Lídia Frade
COM UM CLIK EXPANSÃO DE IMAGEM!!!

































 PARABÉNS PARA TODOS OS AMIGOS PARTICIPANTES, ESPECIALMENTE A ORGANIZAÇÃO DE TODO O INVENTO, E RESPONSÁVEIS PELO NOSSO ESPAÇO VIRTUAL, E CHEIO DE ALMAS POÉTICAS!!!

LÍDIA FRADE  


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

NASCER DO SOL, NA MINHA ALDEIA RIBATEJANA

AO LEVANTAR-ME ABRI A PORTA E VI QUE O NASCER DO SOL MERECIA UMA FOTO ESTE O LADO NASCENTE DA MINHA RUA DA ALDEIA!!!

NO LADO DO QUINTAL A LUZ ERA OUTRA!!!

FOMOS TOMAR O PEQUENO ALMOÇO, 
DEPOIS VOLTEI AO MEU QUINTAL, É O MEU MUNDO DE ACTIVIDADES, NAS MINHAS TERÇAS FEIRAS!!!
ESTAS CAMPAINHAS SÃO UM ENGANO, SÃO SÓ DECORATIVAS, MAS COMO TENHO TANTAS VOU FAZER MASSA DE PIMENTINHOS, PARA OS MEUS COZINHADOS!!!


OS MEUS CRAVOS TONANTES ESTÃO LINDAMENTE FLORIDOS!!!


AS NUVENS QUE QUE AMEAÇAM MEU QUINTAL 

ATÉ FAZEM LINDAS FOTOS!!!
 

CHEGOU O INVERNO.... AGORA O MEU QUINTAL UM POUCO NU!!!

SÓ TENHO AS COUVES PLANTADAS E AINDA PEQUENAS!!!


A MINHA LARANJEIRA DA BAÍA, TÃO PEQUENINA, TEM QUASE TANTAS LARANJAS COMO FOLHAS!!!

O MEU MARMELEIRO SÓ DEU 2 MARMELOS, 1 APODRECEU, ESTE ESTÁ LINDO!!!
VOU APANHA-LO TERÇA-FEIRA E FAZER DOCE!!!

A MINHA COUVE TEM, 2,20 DE ALTURA, ESTÁ BONITINHA!!!

AS ROMÃS ESTÃO A DIZER.... COMAM-NOS!!!!

QUEM NÃO TEM UM QUINTAL!!! NÃO PODE TER ABÓBORAS COMO ESTAS!!!

OS MEUS PIMENTOS AINDA ESTÃO A DAR ESTAS COISAS LINDAS!!!

A OLIVEIRA DO MEU TRISAVÔ ESTÁ LINDA E COM UMA PRODUÇÃO LINDA DE AZEITONA!!!

VEJAM JÁ QUASE TODA PRETA!!!

FOTOS DO MEU QUINTAL!!!
LÍDIA FRADE

A OLIVEIRA DO TRISAVÔ

Vou escrever um conto… não o será!
Uma crónica… não creio, que o seja!...
Mas é de certeza uma história simples, bonita, ilustrada, da qual eu também faço parte integrante.
Aqui e agora ao conta-la! E, em tudo o mais que vos vou mostrar.

Esta é uma oliveira com alma, podem acreditar no que vos digo!!!
-E, está aqui no meu quintal, da casinha do Ribatejo!!!

A minha oliveira não tem bilhete de identidade, nem sequer mandei analisar, a média da sua idade, mas os oitenta e cinco anos de minha mãe, que todos tratamos de avó Jú, dizem que deve ter mais de trezentos anos, dado que este terreno já é da família á quatro gerações, e ELA, a OLIVEIRA, tem o pé, a raiz, que digo até merecer, o titulo de MILENAR.

Uma boa parte da minha rua, ou da rua onde está a minha casinha, é da minha família, que se foi desdobrando na árvore genológica, mas onde somos todos primos ainda, e herdeiros dos nossos, trisavós.
O meu quintal é um dos maiores, e, sou sua cuidadora apenas á três anos, antes era do meu pai, que o fazia á sua maneira, e em relação á sua vida e necessidades.
Já lá vão uns cinquenta anos, quando eu apanhava a azeitona da oliveira e certamente o meu trisavô já o faria, sendo ela na sua época uma senhora, com honras centenárias.
Na verdade dava sempre uma grande quantidade de azeitona, mas, a qualidade era muito miudita, poderia dizer-se que quando madura e pronta para apanhar, era uma linda árvore carregada de fruto, sendo no entanto um fruto de pequeno tamanho, e pouco vistoso.
Meu pai, talvez uns dez anos atrás, resolveu corta-la pelo pé, e, aproveitar a lenha para a lareira, era uma grande arvore, e deu de certeza um bom aquecimento para um grande Inverno.
Contudo o seu corte foi apenas até cerca de um metro do chão, era um grande e largo pé, mas todo carcomido por dentro, as suas serras e serrotes, talvez não fossem fortes o suficiente para continuar, ou então, ficaria naquela altura precisamente para, poder atar umas cordas, e puxar com um trator, pois só assim a conseguiria arrancar.
Mas, meu pai nunca o fez, acabou por adoecer, mais alguns anos faleceu, e, a oliveira do trisavô ficou no seu lugar do quintal, sua alma ia renovando, ano após ano, por todo o seu pé enorme iam renascendo, brotando novos rebentos, até por dentro do seu pé furado, e todo carcomido, empodrecido, renasciam novos rebentos, novas oliveiras, que, alguém sempre cortava, derrubava, porque aquele pé, era para arrancar.
Passou algum tempo, três anos atrás, fui eu a herdeira daquele quintal, primeiro limpando, tentando renovar e aproveitar o que teria ou seria possível, o tronco da oliveira do trisavô, foi protegido, alvo a preservar, cortei, podei, limpei, até deixar o suficiente, para deixar crescer a alma daquela oliveira, apenas tricentenária pelos laços familiares.
No meio do buraco carcomido, daquele largo pé, crescia o que poderia vir a ser, uma grande e frondosa oliveira, deixei ficar, apenas podei os ramos baixos que depois de podados lhe concedi uma forma ajeitada e elegante, e em toda a volta do pé, fui retirando o que poderia estar a mais, no arranjo que pretendia dar naquele pé carcomido de séculos.
Deixei ficar rodeando o velho pé, mais três árvores, porque já estavam grandes, nesse ano já floriram e deram azeitonas, tive pena de as cortar, de resto a minha ideia era criar ali no meu quintal, e junto do meu jardim um espaço de sombra acolhedor, que pudéssemos gozar em dias calmos, em que a brisa fresca que vem do norte, num fim de tarde, nos dê o prazer de fazer ali um bom lanche por exemplo.
No início da Primavera, já comecei a delinear esse mesmo espaço de descanso, as novas oliveiras, transmissoras de uma alma de vários séculos, já me animaram a começar o meu trabalho, estão grandes, altas, cheiinhas de frutos que promete uma boa colheita, estão umas árvores lindas, e já fazem muito boa sombra.
Tinha uma ideia que fui concretizar, dentro do possível no momento, era servir-me do mesmo enorme pé da minha oliveira, quiçá milenar, e com a ajuda de uns pedaços de madeira, de barrotes ou tabuas, recicladas das minhas obras de restauração, dos espaços cobertos, e com um pouco de habilidade deitei mãos á obra, foi só comprar um pregos grandes para pregar, e para ajudar na obra, tive o meu neto Rodrigo de quatro anos, que logo escolheu o seu lugar no pódio, ou no trono, dos reinantes atuais, do meu quintal e da minha casinha, no Ribatejo.
A obra está feita, e bem segura, sem oferecer perigo, foi feito por mim, não por um profissional na área, está com um ar tosco, e possivelmente logo que chegue a melhor hora, colocarei, ou mandarei fazer melhor e com material mais bonito.
Por agora asseguro que já me dá muito gosto, chegada a hora, e ir sentar-me ali, nos meus banquinhos, com o maridão, saborear o lanche, o momento, a frescura da brisa ao fim do dia, olhando o verde das hortícolas, e o colorido das flores no jardim.
Agora asseguro que as minhas visitas, ou as visitas ao meu quintal, todos se querem ir ali sentar nos meus banquinhos toscos, e até fazer algumas fotos, por ser uns assentos muito peculiares, e ficam felizes por levar essas recordações diferentes.
Agora por mim estou a deixar criar a azeitona e, logo que se apanhe já vou cortar mais alguns ramos que estão muito baixos, e a ficar pendurados com o peso das azeitonas, que daqui a três meses, já irei apanhar uma cestinha de azeitonas para pisar e escaldar para comer-mos, uma iguaria  saborosíssimas!!!!
MAS… AINDA VOS DIGO, A ALMA DA OLIVEIRA ESTÁ BEM VIVA, PRODUTIVA, E VEJO NELA A MINHA FELICIDADE!!!
QUANTO AO MEU TRISAVÔ… AINDA CHEGA UM BANQUINHO PARA A ALMA DELE SE SENTAR ALI CONNOSCO, A DESCANÇAR E EM PAZ!!!


TEXTO LÍDIA FRADE