terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ANO NOVO!!! VIDA NOVA!!!

























ANO NOVO!!! VIDA NOVA!!!


É sempre um mote de esperança
Nesta vida complicada
Mesmo sem haver bonança
Neste cai não cai… que se arrasta…
Que sem esperança… não é nada.

Esperança num amanhã
Num depois ou muito mais
De que serve andar aos ais?
Se pararem, a vida é vã!
O que é preciso,… é mudar!


Mas… a vida não é só drama,
Podemos erguer a voz,
Vamos lutar a cantar!
Pois nesta difícil subida
É meio caminho, a alcançar.


Vai ser duro, o caminhar!...
Mas se não quer na corrida,
Ver o comboio passar!...
Levante o olhar, vá em frente,
E pára apenas, para pensar.


Do que quer, e no que sonha!
Desenvolva-o, no caminho,
E não pare …se tropeçar,
Trate as mágoas com carinho,
Mostre assim… que sabe amar!


O ANO NOVO!!! A VIDA NOVA!!!
É sempre um mote de esperança
Há sempre um sonho, a alcançar.


De LÍDIA FRADE

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O PRIMEIRO PAI NATAL


20º CAPITULO








O PRIMEIRO PAI NATAL


Dalila estava muito feliz, a madrinha tinha escrito uma carta a convidá-la para ir passar o Natal a sua casa, era na cidade, e isso já era muito importante para ela, seria diferente passar o Natal na cidade e isso tinha-a deixado em euforia. O padrinho por estes tempos veio à terra, fazer umas compras, para vender num lugar de hortaliças que tinham na nos arredores de Lisboa.


Entre tudo o que levava ia também o “furgon” carregado de pinheiros que iriam vender na sua loja, para os clientes fazerem as árvores de Natal, porque ao tempo ainda se vendiam muitas árvores naturais, mais tarde é que passaria a ser o domínio das artificiais.


A viagem foi um pouco demorada, não havia auto estradas, foi sempre por estradas nacionais, e Dalila chegou muito enjoada, não estava habituada a fazer viagens longas.
Já na casa dos padrinhos apercebeu-se de que havia mais pessoas lá a viver para além dos padrinhos e do filho, estavam pois aí também a mãe da madrinha, e uma empregada, a Alda.
A sua integração na família foi sem problemas, já ia fazer doze anos, já podia também ajudar a fazer alguma coisa, numa casa como esta onde trabalho não faltava.


Ajudava já na limpeza da loja, na arrumação das montras de frutas e expositores de hortaliças, ou até ir à casa de algumas clientes para saber o que precisavam, para depois lhes levar a casa.
Primeiro ia com a Alda de forma a aprender os caminhos, as ruas, os andares, e em pouco tempo tudo estava decorado, passando a ir sozinha, o que gostava, dava-lhe prazer poder ajudar.


A madrinha, vendo talvez as poucas roupas que Dalila levava, resolveu chamar uma costureira lá a casa – uma que já era costume fazer-lhe uns trabalhos – e comprou uma fazenda quentinha aos rectângulos verde-garrafa e preto, para fazer um casaco comprido, que ficou muito bonito, tinha um macho nas costas que abria até ao fim do casaco, e uns bolsos. Dalila nunca havia tido um casaco bom e bonito como aquele, estava muito feliz.


Depois, tendo a madrinha também em casa um tecido que dava para um vestido, ficou ainda mais feliz, era um tecido de Verão, mas isso não era preocupação, mesmo assim Dalila não perdeu a oportunidade, até ficava bem com o casaco novo.
Era bege esse tecido, e com flores formando riscas, que foram trabalhadas em vários sentidos, ficou lindo o vestido, e Dalila nem perdeu a oportunidade de estrear o seu vestido de Verão, em pleno Inverno.
Entre as roupas que tinha levado para vestir na casa da madrinha, lembra-se de uma peça muito particular, era um corpete que a mãe lhe tinha feito, para aconchegar o peito que estava a crescer. A madrinha ficou admirada, na cidade já não se usava aquele tipo de vestuário, e então fizeram em tecido uns pequenos soutiens que ela passou a usar e que serviam de modelo para outros.


Aquele Natal seria em tudo especial na vida de Dalila, tudo era novo, brilhante, seria também um Natal diferente dos da sua casa, e numa época em que tudo estava a ser diferente.
O seu corpo estava em transformação, pois estava a ficar uma mulherzinha, e estava a ver e conhecer coisas completamente novas para ela.


Nas vésperas do Natal, a madrinha foi com Raul - o seu filho - Dalila e Alda, fazer compras no Braz & Braz ali na cidade, ali já se faziam compras de Natal, já se compravam prendas, e já havia um Pai Natal na porta do armazém.
Estava a receber os clientes e a fazer a festa com as crianças que iam lá só para o ver, como aconteceu com Dalila, aquele era o seu primeiro Pai Natal, nunca tinha visto outro até ali.
Foi também a primeira vez que Dalila viu luzes de Natal, já havia muitas casas de comércio com luzes e o Braz & Braz era já uma grande superfície da época, toda enfeitada.


Aquela festa de Natal e tudo o mais que lhe foi envolvente, Dalila viveu com grande alegria mas, apesar de todas as novidades, tudo se vive, tudo passa, menos as coisas que fazem a diferença e que marcam mais profundamente, e Dalila guardou essas vivências muito profundas, coisa que a marcou e nunca esqueceu.


Como seria normal e natural acontecer, os pinheiros que o padrinho tinha levado eram para vender antes do Natal e apenas sobrou um, todos os outros se venderam. No dia seguinte ao Natal, como acontecia todos os dias, o lugar de frutas foi aberto na hora habitual e, como já foi referido, tinha ficado apenas um pinheiro, o qual foi colocado na porta, do lado de fora, pela Dalila e a Alda - como tinha aliás acontecido com todos os outros que se foram vendendo - enquanto preparavam a abertura da loja.


A meio da manhã, quando Dalila estava por ali de vigia na loja, chega um rapazinho que teria talvez uns nove ou dez anos, trazia umas moedas na mão, queria comprar o último pinheiro, que estava encostado na porta. Mas para Dalila isso não tinha cabimento, não fazia sentido, quem é que ia comprar, no fim de ter passado o Natal, o pinheiro para fazer a árvore de Natal? E ela disse que não lhe podia vender o pinheiro.


A madrinha não estava ali no momento, mas Dalila como achava que nunca faria a árvore, depois do Natal, não a quis vender, mas ficou com muita pena de não poder oferecer aquele pinheiro, que acabaria por ir para o lixo. Oferecer, àquele menino, que possivelmente nem aquelas moedas tinha, antes do Natal, para o comprar, e que queria mesmo assim a sua árvore, já depois do Natal.


Ele foi-se embora triste, Dalila ficou também triste por não lhe poder oferecer o pinheiro, que não era dela, era dos padrinhos. Nunca mais viu a outra criança, mas também nunca mais a esqueceu.
*
Em Janeiro Dalila fez os doze anos, a madrinha fez um bolo de aniversário, fizeram uma festa e ofereceram-lhe um relógio de pulso. Ela não esperava aquela surpresa, ficou muito feliz e muito vaidosa, com o seu relógio, com o seu vestido e o seu casaco, agora já não era a mesma menina que tinha chegado da província.


Dalila gostava mesmo de ir a casa das clientes levar as encomendas ou perguntar se queriam alguma coisa. Numa dessas entregas havia a senhora do Sr. Major, que era uma senhora muito fina, e não tinha filhos.
Ela fazia-lhe muitas perguntas e um dia mandou-a entrar para lhe mostrar o seu presépio, a sua árvore de Natal, era tudo tão bonito que Dalila ficou encantada, tudo na casa era lindo.


Era essa senhora principalmente que lhe dava sempre vinte e cinco tostões aquando das entregas, que ela ia juntando com mais alguns tostões das outras senhoras, e o seu destino era a pastelaria vizinha. Alda havia-lhe ensinado o caminho, e deu-lhe a conhecer os pastéis de nata, que Dalila gostou tanto que todos os seus tostões eram agora para os pastéis de nata. Mas ela não tinha dito nada à madrinha, pensou que poderiam ralhar com ela, por ir comer os pastéis, mas mesmo assim o pior aconteceu, o dono do café contou à madrinha.


Ela quis logo saber onde ia arranjar o dinheiro, Dalila disse-lhe que eram as clientes que lhe davam, mas achou que ela não acreditou, porque a Alda também comprava e a madrinha achava que ela lhe tirava o dinheiro da gaveta.
Dalila não gostou que duvidassem dela, ficou magoada e começou a desejar voltar para casa, até porque já começava a sentir saudades da mãe, da avó e das irmãzinhas, mas tinha de esperar que o padrinho pudesse vir á terra para a trazer.


Um dia a esposa do senhor Major perguntou-lhe porque tinha um dente partido e já estragado na frente, e Dalila contou-lhe que tinha sido uma colega da escola, a Maria Ludemira, que lhe havia batido com a mala da escola. Então a Senhora ofereceu-lhe uma escova para ela lavar os dentes, mas não ofereceu a pasta, e Dalila não tinha nada mais, tinha só a escova, mas mesmo assim ficou muito contente e agradecida.


CONTINUA NO PROXIMO CAPITULO

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ESPONTÂNEOS DE NATAL










NATAL DE HOJE


Tudo na vida tem tempo,
Tempo na vida tem hora,
Natal, festa de momento,
Chega breve, e vai embora.
Apenas tempo de festa,
Para quem quer festejar,
Apenas tempo de trocas,
Para quem quiser trocar.
Mas tempo de doação,
Para quem quiser doar,
Dádivas, de coração
Sempre um bem a alcançar.
Entre amigos e queridos
Será assim meu Natal,
A uma mesa reunidos,
Sempre festa, e sempre igual.
Entre pratos e travessas,
Reúnem-se assim iguarias
Sobre uma toalha de festas,
Com mães, sobrinhos e tias.
Depois, cumprem ritual,
De mais, ou menos lembranças,
Não esquecendo o principal,
Da festa, que são as crianças.


Tecnologia, tem meu Natal
Para ver quem está longe
E como é fácil afinal…
Sou sortuda em tempos de hoje,
Em ter assim meus queridos,
Em ter assim meus amigos,
Em ter assim meu Natal.


Lídia Frade


PERDIDO NO TEMPO
NATAL


Com memórias de infância
Com histórias guardadas
De quando era criança
Natal, das bonecas de trapo
Que a avó Quina fazia
De qualquer farrapo.
Natal, dum presépio de papel
Com figuras recortadas
Mas pintadas sem pincel.
Natal dos sapatinhos
Deixados na chaminé
Onde Jesus descia, pelo seu pé.
Natal das broas
Que a mãe amassava e cozia
E de manhã, com uma moeda
No sapato aparecia.
Natal onde, com uma broa
Que era da mãe, não de Jesus
Se acabava a magia.
Natal simples Natal
Quando a um monte subia
Um pinheiro vivo cortava
Um monte de musgo arrancava
Da terra onde água vertia.
Natal, onde uma árvore
Num canto da casa se erguia
Onde enfeites não havia
Onde um moleiro de trapos subia
E farinha num saco trazia
Que era visto como símbolo
E na casa o pão garantia.
Natal onde flocos de algodão
Simbolizavam magia, da neve
Que em Dezembro caia.
NATAL NATAL NATAL
De corações e braços abertos
Vazios de coisas inúteis
Mais de corações despertos!
Natal, este sim, sem coisas fúteis.


LÍDIA FRADE

sábado, 4 de dezembro de 2010

A LENDA DA ÁRVORE DE NATAL

UMA ÁRVORE DE NATAL DE UM CENTRO COMERCIAL
ESTA UMA ÁRVORE DE NATAL E PRESÉPIO, APRISIONADA ENTRE GRADES DE JANELA
ALGURES NO RIBATEJO
Lenda da Árvore de Natal Quando o Menino Jesus nasceu, todas as pessoas e animais e até asárvores sentiram uma imensa alegria.Do lado de fora do estábulo onde o Menino dormia, estavam três árvores: uma palmeira, uma oliveira,e um pequeno pinheirinho.
Todos os dias as pessoas passavam e deixavam presentes ao Menino.- Nós também Lhe deviamos dar prendas! - disseram as árvores.- Eu vou dar-lhe a minha folha mais larga - disse a palmeira - quando vier o tempo do calor ele pode abanar-se com ela e sentir-se mais fresco.
Então disse a oliveira : - E eu vou dar-lhe óleo.Perfumados óleos poderão ser feitos a partir domeu sangue.- Mas que lhe poderei dar eu?- Perguntou ansioso o pequeno pinheiro.- Tu? Os teus ramos são agudos e picam - disseram as outras duas árvores .-Tu não tens nada para lhe dar !O pequeno pinheiro estava triste.Pensou muito,muito,em qualquer coisaque pudesse oferecer ao Menino que dormia,qualquer coisa de que oMenino pudesse gostar.Mas não tinha nada para lhe dar.
Então um anjo, que tinha ouvido a conversa toda , sentiu pena da arvorezinha que não tinha nada para dar ao Menino.As estrelas estavam a brilhar no céu .Então o anjo, muito de mansinho, trouxe-as uma a uma cá para baixo, desde a mais pequeina à mais brilhante e colocou - as nos ramos pontiabgudos do pinheiro. Dentro do estábulo, o Menino acordou .
E olhou para as três árvores do lago de lá da gruta , contra a escuridão do céu.De repente as folhas escuras do pinheiro brilharam, resplandecentes, porque nelas as estrelas descansavam como se fossem elas.Que lindo estava o pequeno pinheiro, que não tinha nada a oferecer aoMenino...E o Menino Jesus levantou as mãozinhas, tal como fazem os bebés, e sorriu para as estrelas e para aquela árvore que lhe iluminara a escuridão da noite.
E desde então o pinheiro ficou a ser, para todo o sempre, a Árvore de Natal.(História tradicional inglesa) publicado por marina mendes às 09:27 link do post comentar
POR LÍDIA FRADE

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

POEMAS DA II ANTOLOGIA



QUEREMOS


Quero-te em mim
Cheio do teu carinhoso abraço,
Quero-me em ti
Com essa força e desejo
Que confunde a nossa pele
No desejo do amaço.
Quero-te em mim
Com a ternura com que afagas,
Os meus cabelos, ou as minhas
Prenunciadas curvas.
Quero-me em ti
Nas efusivas horas,
Do nosso amor, e odor,
Nas carícias, de um suave adormecer,
Ou na despedida terna
De cada manhã, a alvorecer,
Ao começar o nosso dia,
Ao receber com alegria,
A tua sempre nova,
Mensagem de amor.


NÓS


P ARA VIVER NESTE ACONCHEGO
A SSIM NOSSA VIDA CALMA
U SAREI DO MEU SABER
L EVANDO ASSIM DE MÃO DADA
O S NOSSOS PASSOS, A NOSSA ALMA.


L EVITANDO, A BOM PRAZER
I DEAIS, E MUITO MAIS
D ESEJOS, SONHOS QUE TAIS,
I MAGINÁRIOS… OU REAIS!!!
A MPLEADOS!!! FOCANDO O ACONTECER!!!


Poemas do Livro II ANTOLOGIA Dos HORIZONTES da POESIA De Lídia Frade