Poço Iniciático, Quinta da Regaleira, Sintra
Uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas
esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço. A escadaria é constituída
por nove patamares separados por lanços de 15 degraus cada um, invocam
referências à Divina Comédia de Dante e podem representar os 9 círculos do
inferno, do paraíso, ou do purgatório. Segundo os conceituados ocultistas Albert
Pike, René Guénon e Manly Palmer Hall é na obra 'A Divina Comédia' que se
encontra pela primeira vez exposta a Ordem Rosacruz. No fundo do poço está
embutida em mármore, uma rosa dos ventos (estrela de oito pontas: 4 maiores ou
cardeais, 4 menores ou colaterais) sobre uma cruz templária, que é o emblema
heráldico de Carvalho Monteiro e, simultaneamente, indicativo da Ordem
Rosa-cruz.
O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrado na obra Conceito Rosacruz do Cosmos.
A simbologia do local está relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde voltará. Muitos ritos de iniciação aludem a aspectos do nascimento e morte ligados à terra, ou renascimento.
O poço está ligado por várias galerias ou túneis a outros pontos da quinta, a entrada dos guardiôes, o lago da cascata e o poço imperfeito. Estes túneis, outrora habitados por morcegos afastados pelos muitos turistas que visitam o local, estão cobertos com pedra importada da orla marítima da região de Peniche, pedra que dá a sugestão de um mundo submerso.
O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrado na obra Conceito Rosacruz do Cosmos.
A simbologia do local está relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde voltará. Muitos ritos de iniciação aludem a aspectos do nascimento e morte ligados à terra, ou renascimento.
O poço está ligado por várias galerias ou túneis a outros pontos da quinta, a entrada dos guardiôes, o lago da cascata e o poço imperfeito. Estes túneis, outrora habitados por morcegos afastados pelos muitos turistas que visitam o local, estão cobertos com pedra importada da orla marítima da região de Peniche, pedra que dá a sugestão de um mundo submerso.
COMO ULISSES
Como Ulisses,
Sempre ausente,
Voando livre,
Sem asas de condor,…
Herói de píncaros,
De pêndulos,
Cicerone em caminhos
E serras
Amigo de cobras, lagartos,
E outros!
Em Penélope
Recalcavas suas mágoas
O teu castelo!
Era sua fortaleza,
Sua defesa…
Nas voltas, com a sua teia,
Desfiando, tecendo, entrelaçando
Cozendo e descosendo
Seu labirinto aumentando.
Sentindo seu corpo amarrado
Quase, o sente asfixiado,
Em fios e fitas,
Em laços atados, em nós
De olhos molhados,
De choros calados, e sós!
Se em teus regressos furtivos
Derrubasses ameias!
Lhe tocasses na mão!
E, regasses com ela as roseiras,
Que por maldade secavas!
Se em lugar de silêncios
Continuo-os,
De tempos parados!
Que faziam Penélope,
Trocar!
No silêncio da noite,
O calor de sua cama,
Pelo frio gelado,
De um chão sem afago!
Pelo rio fecundo,
De leito abundante,
Que foi seu corpo!
Pelas almas e corpos,
A que deu vida!
Pelo amor que a todos deu!
Essa Penélope esquecida!
POEMA E FOTOS DE
LÍDIA FRADE