Bonito é teu nome
Rio Douro,
Pelo brilho do sol dourado
Que doa seu dourado ao vinho.
No dourado declinante das encostas
Folhagens, transformação,
Ou fim de ciclo,
Do que foi vegetação.
Hoje tu foste,
Ó Douro, um pouco meu
Penetrei teu corpo
Rasguei teu caudal
Do teu leito olhei o céu
Olhei as margens que rasgaste.
Recuei no tempo
Mas eu só vi,
Que és em todo!
Nas marcas do tempo, as pontes,
Com histórias de gerações,
Braços e abraços, ligados na vida
Que entre o teu corpo, e o céu
Fazem passar multidões.
Com os rabelos tão serenos,
E os restos de bairros, suspensos,
Como presos por encanto,
Quase, cenário irreal,
De vegetação camuflante
Composta pela mão de Deus.
Cardumes em luta infernal
Por dejectos de vida humana
Mais compõem o teu cenário
Gaivotas cruzando o Rio
Muralhas guardando a Foz
Miradouros… muitos
Vistos e revistos, de fio a pavio.
Ondulação leve
Brisa fresca, cheirando a mar
Que penetra nos meus sentidos
Ao transcrever esta poesia, para vós.
POEMA DO LIVRO "UMA PEDRA NO CHARCO"