quinta-feira, 13 de outubro de 2011

AS NOSSAS FÉRIAS 20011

22-9-11-4º DIA
NO REGRESSO A CASA AO FIM DO DIA


MOSTEIRO DA BATALHA



O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha[1]) situa-se na Batalha, Portugal, e foi mandado edificar por D.João I de Portugal[2] como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota.[2] Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos, desde o início em 1386 até cerca de 1517, ao longo do reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos. Exemplo da arquitectura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino, é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.[3] Em Portugal, o IPPAR ainda classifica-o como Monumento Nacional, desde 1910

No arranque das obras do Mosteiro da Batalha foi construído um pequeno templo, cujos vestígios eram ainda visíveis no princípio do século XIX. Era nesta edificação ― Santa Maria-a-Velha, também conhecida por Igreja Velha ― que se celebrava missa, dando apoio aos operários do estaleiro. Tratava-se de uma obra pobre, feita com escassos recursos.
Em traços esquemáticos conhece-se a evolução do estaleiro propriamente dito e o grau de avanço das obras. Sabe-se que ao projecto inicial corresponde a igreja, o claustro e as dependências monásticas inerentes, como a Sala do Capítulo, sacristia, refeitório e anexos. É um modelo que se assemelha ao adoptado, em termos de orgânica interna, pelo grande mosteiro alcobacense.
A capela do Fundador, capela funerária, foi acrescentada a este projecto inicial pelo próprio rei D. João I, o mesmo acontecendo com a rotunda funerária conhecida por Capelas Imperfeitas, da iniciativa do rei D. Duarte.
O claustro menor e dependências adjacentes, ficaria a dever-se à iniciativa de D. Afonso V, sendo de notar o desinteresse de D. João II pela edificação. Voltaria a receber os favores reais com D. Manuel, mas somente até 1516-1517, ou seja, ate à sua decisão em favorecer decididamente a fábrica do Mosteiro dos Jerónimos.
O Mosteiro foi restaurado no Século XIX, sob a direcção de Luís Mouzinho de Albuquerque, de acordo com a traça de Thomas Pitt, viajante inglês que estivera em Portugal nos fins do Século XVIII, e que dera a conhecer por toda a Europa o mosteiro através das suas gravuras. Neste restauro, o Mosteiro sofreu transformações mais ou menos profundas, designadamente pela destruição de dois claustros, junto das Capelas Imperfeitas e, num quadro de extinção das ordens religiosas em Portugal, pela remoção total dos símbolos religiosos, procurando tornar o Mosteiro num símbolo glorioso da Dinastia de Avis e, sobretudo, da sua primeira geração (a dita Ínclita Geração de Camões). Data dessa altura a actual configuração da Capela do Fundador e a vulgarização do termo Mosteiro da Batalha (celebrando Aljubarrota) em detrimento de Santa Maria da Vitória, numa tentativa de erradicar definitivamente as designações que lembrassem o passado religioso do edifício.










Segundo Fernão Lopes, D. Nuno Álvares Pereira foi um dos filhos naturais de D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem do Hospital, e Iria Gonçalves. D. Nuno Álvares Pereira cresceu na casa do seu pai até aos seus treze anos[5] e foi lá que se iniciou "como bom cavalgante, torneador, justador e lançador" e sobretudo onde ganhou gosto pela leitura, lia nos "livros de cavallaria que a pureza era a virtude que tornara invenciveis os heroes da Tavola Redonda, e procurava que a sua alma e corpo se conservassem immaculados"..[6] Foi com essa idade que entrou para a côrte de D. Fernando de Portugal, onde foi feito cavaleiro com uma armadura emprestada por D.João, o Mestre de Avis.[5] Decidido a manter-se virgem, foi profundamente contrariado (e praticamente obrigado pelo pai) que aos 16 anos casou com Leonor de Alvim cerca de 1376[ii] em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja. O nobre casal estabeleceu-se no Minho (supõe-se que em Pedraça Cabeceiras de Basto), em propriedade de D. Leonor de Alvim.
Quando o Rei Dom Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa D. Beatriz, casada com o Rei João I de Castela, D. Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de D. Pedro I de Portugal, D. João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de D. Nuno Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros em que pela primeira vez se combateu a pé em Portugal, em Abril de 1384, D. João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
A 6 de Abril de 1385, D. João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. D. João de Castela invade Portugal pela Beira Alta com vista a proteger os interesses de sua mulher D. Beatriz. D. Nuno Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.
A 14 de Agosto, D. Nuno Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota. A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, D. Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de D. João de Castela, dedicou-se a realizar incursões contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques. Por essa altura, foi travada em terreno castelhano a célebre Batalha de Valverde. Conta-se que na fase mais crítica da batalha e quando já parecia que o exército português iria sofrer uma derrota completa, se deu pela falta de D. Nuno. Quando já se temia o pior, o seu escudeiro foi encontrá-lo em êxtase, ajoelhado a rezar entre dois penedos. Quando o escudeiro aflito lhe chamou a atenção para a batalha que se perdia, o Condestável fez um sinal com a mão a pedir silêncio. Novamente chamado à atenção pelo escudeiro, que lhe disse: "Nada de orações, que morremos todos! responde então D. Nuno, suavemente: "Amigo, ainda não é hora. Aguardai um pouco e acabarei de orar.". Quando acabou de rezar, ergue-se com o rosto iluminado e dando as suas ordens, consegue que se ganhe a batalha de uma forma considerada milagrosa.

TEXTOS DE WIKIPÉDIA

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