segunda-feira, 12 de março de 2012

PASSEANDO PELO JARDIM DAS CALDAS DA RAINHA FABRICA BORDALO PINHEIRO E HOSPITAL TERMAL!!!






Fábrica Bordalo Pinheiro é um caso de sucesso em tempos de crise

Depois de ter estado à beira da falência, recuperou e regista agora um crescimento nas vendas superior a 50 por cento. As tradicionais peças de cerâmica Bordalo Pinheiro voltaram a estar na moda e são um sucesso de vendas.



 A fábrica Bordalo Pinheiro, que celebra 128 anos em julho, teve em 2011 o melhor ano de sempre, com um volume de negócio de três milhões de euros.
A unidade, que tem 174 trabalhadores, não pretende criar mais emprego, mas pretende aumentar a sua produção e arranjar mais mercado, automatizando-se.
Para tal vai adquirir uma nova máquina de vidrar para a linha utilitária, continuando a ter uma grande representação nas peças decorativas, sendo o boneco do Zé Povinho o best-seller.
“Ultrapassámos a fasquia dos três milhões, num ano muito positivo. Em termos de vendas, os 40 por cento são nacionais e 60 por cento são exportações”, disse Vítor Gonçalves, administrador da Bordalo Pinheiro.
Nesta área a unidade registou “um aumento de 230 por cento nas exportações” para países fora da Europa, com Estados Unidos e Japão a representarem a maior fatia. A nível comunitário, as vendas aumentaram 70 por cento na Alemanha e França.
Uma das conclusões para este saldo é a aposta em peças contemporâneas. “Foi uma aposta ganha” enquanto que a arte de Bordalo representa onze por cento das vendas. Segundo o responsável, tudo o que são peças contemporâneas, as vendas representaram 89 por cento.
O maior cliente da Bordalo, neste momento, é um cliente alemão que adquire peças lisas e requer um processo mais automatizado, daí a aposta numa máquina com maior capacidade de produção.
Em novembro de 2012 a Bordalo vai implementar o projeto e parceria com artistas brasileiros, onde se prevê a produção de cinco mil peças, “muito complicadas de serem feitas e que irão ocupar grande parte do ano”.
Segundo o administrador a unidade não tem intenção de reaver o terreno que foi adquirido pela câmara, apesar de Fernando Costa já ter falado dessa possibilidade por mais do que uma vez.
“Por enquanto não. As atuais instalações são suficientes. Estamos apenas a trabalhar na zona industrial. Faz parte da nossa filosofia trabalhar todos juntos, na mesma fábrica, e neste contexto está a funcionar muito bem. Lá em cima, temos a loja, restaurante e museu. A fábrica pertence à câmara e está completamente desativada”, disse Vítor Gonçalves.
Carlos Elias, responsável por parte de divulgação da empresa, aproveitou os bons resultados para apresentar mais algumas peças, nomeadamente telhas decorativas com elementos rurais e do mar, com vários elementos da fauna e flora.


Carlos Barroso



A cidade nasceu e cresceu em torno do primeiro hospital termal do mundo, mandado edificar por D. Leonor em 1485. Hoje, os recursos hidrotermais das Caldas da Rainha são para uma candidatura a Património da Humanidade.
Texto de Teresa Frederico Fotos de Pedro Sampayo Ribeiro


Quem visita as Caldas da Rainha não se apercebe necessariamente da sua singularidade. Constata tratar-se de uma cidade simpática e acolhedora, onde se come bem e vive, defendem muitos habitantes, ainda melhor. Aprecia o agradável parque dominado pelo lago, visita o incontornável mercado de frutas e legumes na Praça da República, espreita com curiosidade as lojas que comercializam o artesanato local, tornado famoso por Rafael Bordalo Pinheiro, autor do co-nhecido Zé Povinho.As Caldas, no entanto, são muito mais do que isso: acolhem nada mais nada menos que o primeiro - e, durante muito tempo, o único - hospital termal do mundo, de cujo património fazem também parte as igrejas de Nossa Senhora do Pópulo e de São Sebastião, a Mata Rainha D. Leonor, o Parque D. Carlos I e o Museu do Hospital e das Caldas. Lugares, todos eles, interessantes e cuja visita constitui um verdadeiro mergulho na História.


Esta viagem no tempo remonta a 1485, ano em que D. Leonor, mulher dedicada às artes e à assistência aos necessitados, mandou edificar o hospital. Tal iniciativa terá sido tomada depois de, ao passar na zona, a rainha ter observado gente humilde a banhar-se em água enlameada para acalmar dores e sarar feridas. Como padecia de uma úlcera no peito, resolveu seguir o exemplo e ficou rapidamente curada. 


Chamou-lhe Hospital de Nossa Senhora do Pópulo, pois era ao povo que se destinava. Por outro lado, tal designação invoca uma igreja romana muito apreciada pelo cardeal de Alpedrinha, figura fundamental nas negociações com o Papa para que este autorizasse a construção do edifício. 


Cerca de três anos depois a unidade hospitalar recebia os primeiros doentes, ministrando-lhes os tratamentos comuns na época e usando como meio terapêutico as águas minero-medicinais que estiveram na sua origem, assim como da povoação que foi crescendo à sua volta. 




Em meados do século XVIII, o hospital foi reedificado e a vila recebeu uma série de melhoramentos em infra-estruturas. Na segunda metade do século XIX, as sucessivas administrações procuram uma aproximação ao melhor termalismo do centro da Europa. O corolário deste trabalho centralizou-se no final do século, quando se construíram novos equipamentos que antecederam o período áureo das primeiras décadas do séc. XX, quando também a vila se tornou cidade.














 Cavacas das Caldas
Cavacas das Caldas
Nas Caldas da Rainha são muitos os docinhos tradicionais que se podem saborear e os mais populares são, sem dúvida, as afamadas cavacas.
A origem desta receita é incerta mas a venda de cavacas finas das Caldas é conhecida na cidade desde o final do século XIX.


DESDE NOVA QUE ME É FAMILIAR AS CAVACAS DAS CALDAS........ SEMPRE QUE SE IA A ALGUMA FEIRA.....LÁ ESTAVA A VENDEDORA DAS CAVACAS DAS CALDAS..... DEPOIS ERA UM BOLO DE QUE NÃO SE TINHA A PREOCUPAÇÃO DE PODER ESTRAGAR COM FACILIDADE, PELA SUA TEXTURA SECA!!!
ERA POIS OS BOLOS QUE SE LEVAVAM DE PRENDA PARA A FAMÍLIA FICADA EM CASA!!!

2 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Lidia querida
Excelente reportagem! Adorei conhecer a história desta fabrica.

Sobre as Caldas não eram so as cavacas. Hehehe

Beijinho e uma flor

Lídia Frade disse...

QUERIDA ADÉLIA!!!
COM TODA A RAZÃO, CALDAS TEM MUITO MAIS PARA OFERECER!!! DO QUE A MINHA REPORTAGEM, NA IMPOSSIBILIDADE DE COLOCAR AS FOTOS DA LOUÇA DAS CALDAS, COLOQUEI APENAS AS CAVACAS!!!

OBRIGADO PELA VISITA AMIGA!!!

BEIJINHOS!!!

LÍDIA