quinta-feira, 1 de novembro de 2012

NASCER DO SOL, NA MINHA ALDEIA RIBATEJANA

AO LEVANTAR-ME ABRI A PORTA E VI QUE O NASCER DO SOL MERECIA UMA FOTO ESTE O LADO NASCENTE DA MINHA RUA DA ALDEIA!!!

NO LADO DO QUINTAL A LUZ ERA OUTRA!!!

FOMOS TOMAR O PEQUENO ALMOÇO, 
DEPOIS VOLTEI AO MEU QUINTAL, É O MEU MUNDO DE ACTIVIDADES, NAS MINHAS TERÇAS FEIRAS!!!
ESTAS CAMPAINHAS SÃO UM ENGANO, SÃO SÓ DECORATIVAS, MAS COMO TENHO TANTAS VOU FAZER MASSA DE PIMENTINHOS, PARA OS MEUS COZINHADOS!!!


OS MEUS CRAVOS TONANTES ESTÃO LINDAMENTE FLORIDOS!!!


AS NUVENS QUE QUE AMEAÇAM MEU QUINTAL 

ATÉ FAZEM LINDAS FOTOS!!!
 

CHEGOU O INVERNO.... AGORA O MEU QUINTAL UM POUCO NU!!!

SÓ TENHO AS COUVES PLANTADAS E AINDA PEQUENAS!!!


A MINHA LARANJEIRA DA BAÍA, TÃO PEQUENINA, TEM QUASE TANTAS LARANJAS COMO FOLHAS!!!

O MEU MARMELEIRO SÓ DEU 2 MARMELOS, 1 APODRECEU, ESTE ESTÁ LINDO!!!
VOU APANHA-LO TERÇA-FEIRA E FAZER DOCE!!!

A MINHA COUVE TEM, 2,20 DE ALTURA, ESTÁ BONITINHA!!!

AS ROMÃS ESTÃO A DIZER.... COMAM-NOS!!!!

QUEM NÃO TEM UM QUINTAL!!! NÃO PODE TER ABÓBORAS COMO ESTAS!!!

OS MEUS PIMENTOS AINDA ESTÃO A DAR ESTAS COISAS LINDAS!!!

A OLIVEIRA DO MEU TRISAVÔ ESTÁ LINDA E COM UMA PRODUÇÃO LINDA DE AZEITONA!!!

VEJAM JÁ QUASE TODA PRETA!!!

FOTOS DO MEU QUINTAL!!!
LÍDIA FRADE

A OLIVEIRA DO TRISAVÔ

Vou escrever um conto… não o será!
Uma crónica… não creio, que o seja!...
Mas é de certeza uma história simples, bonita, ilustrada, da qual eu também faço parte integrante.
Aqui e agora ao conta-la! E, em tudo o mais que vos vou mostrar.

Esta é uma oliveira com alma, podem acreditar no que vos digo!!!
-E, está aqui no meu quintal, da casinha do Ribatejo!!!

A minha oliveira não tem bilhete de identidade, nem sequer mandei analisar, a média da sua idade, mas os oitenta e cinco anos de minha mãe, que todos tratamos de avó Jú, dizem que deve ter mais de trezentos anos, dado que este terreno já é da família á quatro gerações, e ELA, a OLIVEIRA, tem o pé, a raiz, que digo até merecer, o titulo de MILENAR.

Uma boa parte da minha rua, ou da rua onde está a minha casinha, é da minha família, que se foi desdobrando na árvore genológica, mas onde somos todos primos ainda, e herdeiros dos nossos, trisavós.
O meu quintal é um dos maiores, e, sou sua cuidadora apenas á três anos, antes era do meu pai, que o fazia á sua maneira, e em relação á sua vida e necessidades.
Já lá vão uns cinquenta anos, quando eu apanhava a azeitona da oliveira e certamente o meu trisavô já o faria, sendo ela na sua época uma senhora, com honras centenárias.
Na verdade dava sempre uma grande quantidade de azeitona, mas, a qualidade era muito miudita, poderia dizer-se que quando madura e pronta para apanhar, era uma linda árvore carregada de fruto, sendo no entanto um fruto de pequeno tamanho, e pouco vistoso.
Meu pai, talvez uns dez anos atrás, resolveu corta-la pelo pé, e, aproveitar a lenha para a lareira, era uma grande arvore, e deu de certeza um bom aquecimento para um grande Inverno.
Contudo o seu corte foi apenas até cerca de um metro do chão, era um grande e largo pé, mas todo carcomido por dentro, as suas serras e serrotes, talvez não fossem fortes o suficiente para continuar, ou então, ficaria naquela altura precisamente para, poder atar umas cordas, e puxar com um trator, pois só assim a conseguiria arrancar.
Mas, meu pai nunca o fez, acabou por adoecer, mais alguns anos faleceu, e, a oliveira do trisavô ficou no seu lugar do quintal, sua alma ia renovando, ano após ano, por todo o seu pé enorme iam renascendo, brotando novos rebentos, até por dentro do seu pé furado, e todo carcomido, empodrecido, renasciam novos rebentos, novas oliveiras, que, alguém sempre cortava, derrubava, porque aquele pé, era para arrancar.
Passou algum tempo, três anos atrás, fui eu a herdeira daquele quintal, primeiro limpando, tentando renovar e aproveitar o que teria ou seria possível, o tronco da oliveira do trisavô, foi protegido, alvo a preservar, cortei, podei, limpei, até deixar o suficiente, para deixar crescer a alma daquela oliveira, apenas tricentenária pelos laços familiares.
No meio do buraco carcomido, daquele largo pé, crescia o que poderia vir a ser, uma grande e frondosa oliveira, deixei ficar, apenas podei os ramos baixos que depois de podados lhe concedi uma forma ajeitada e elegante, e em toda a volta do pé, fui retirando o que poderia estar a mais, no arranjo que pretendia dar naquele pé carcomido de séculos.
Deixei ficar rodeando o velho pé, mais três árvores, porque já estavam grandes, nesse ano já floriram e deram azeitonas, tive pena de as cortar, de resto a minha ideia era criar ali no meu quintal, e junto do meu jardim um espaço de sombra acolhedor, que pudéssemos gozar em dias calmos, em que a brisa fresca que vem do norte, num fim de tarde, nos dê o prazer de fazer ali um bom lanche por exemplo.
No início da Primavera, já comecei a delinear esse mesmo espaço de descanso, as novas oliveiras, transmissoras de uma alma de vários séculos, já me animaram a começar o meu trabalho, estão grandes, altas, cheiinhas de frutos que promete uma boa colheita, estão umas árvores lindas, e já fazem muito boa sombra.
Tinha uma ideia que fui concretizar, dentro do possível no momento, era servir-me do mesmo enorme pé da minha oliveira, quiçá milenar, e com a ajuda de uns pedaços de madeira, de barrotes ou tabuas, recicladas das minhas obras de restauração, dos espaços cobertos, e com um pouco de habilidade deitei mãos á obra, foi só comprar um pregos grandes para pregar, e para ajudar na obra, tive o meu neto Rodrigo de quatro anos, que logo escolheu o seu lugar no pódio, ou no trono, dos reinantes atuais, do meu quintal e da minha casinha, no Ribatejo.
A obra está feita, e bem segura, sem oferecer perigo, foi feito por mim, não por um profissional na área, está com um ar tosco, e possivelmente logo que chegue a melhor hora, colocarei, ou mandarei fazer melhor e com material mais bonito.
Por agora asseguro que já me dá muito gosto, chegada a hora, e ir sentar-me ali, nos meus banquinhos, com o maridão, saborear o lanche, o momento, a frescura da brisa ao fim do dia, olhando o verde das hortícolas, e o colorido das flores no jardim.
Agora asseguro que as minhas visitas, ou as visitas ao meu quintal, todos se querem ir ali sentar nos meus banquinhos toscos, e até fazer algumas fotos, por ser uns assentos muito peculiares, e ficam felizes por levar essas recordações diferentes.
Agora por mim estou a deixar criar a azeitona e, logo que se apanhe já vou cortar mais alguns ramos que estão muito baixos, e a ficar pendurados com o peso das azeitonas, que daqui a três meses, já irei apanhar uma cestinha de azeitonas para pisar e escaldar para comer-mos, uma iguaria  saborosíssimas!!!!
MAS… AINDA VOS DIGO, A ALMA DA OLIVEIRA ESTÁ BEM VIVA, PRODUTIVA, E VEJO NELA A MINHA FELICIDADE!!!
QUANTO AO MEU TRISAVÔ… AINDA CHEGA UM BANQUINHO PARA A ALMA DELE SE SENTAR ALI CONNOSCO, A DESCANÇAR E EM PAZ!!!


TEXTO LÍDIA FRADE  


2 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Ui Lídia que coisa mais rica, que beleza, amei por e simplesmente.
Sabeas amiga sempre que o sol nasce é raro o dia que não tiro fotos, pois do meu quarto vejo ele nascer.
Aqui chamamos "cravos túnicos".
bom domingoamiga

beijinho e uma flor

Lídia disse...

Pois é amiga!!!
Possivelmente os cravos serão mesmo túnicos!!!
Mas como sabes esta nossa língua portuguesa é quase cada terra, seu uso, sua maneira e prenuncia.

A minha mãe chama-lhe cravos tunantes, o que dever vir dos túnicos!!!

Eu é que deveria escrever com u e não o.

1 beijinho amiga!!!

Lídia