quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ÉCO NO SILÊNCIO


ECO NO SILÊNCIO

Um eco rasga o silêncio.
Noite escura, noite de breu.
Minha alma
Solta no espaço
Desintegrada
Deixou por instantes
Meu corpo,
Que descansa na penumbra.
Olhos fechados,
Meu sonho perdido
No vazio imenso.
No frio, eu procuro
O calor dos teus braços,
Gelada, molhada, perdida,
Em lugares distantes.
Minha alma, no sonho, avança
Meu inconsciente é alargado,
Purificado, em aromas de incenso
Procurando, procurando em vão,
Teu corpo na escuridão.
De novo, o silêncio, rasgado num eco,
Desperto, regressando á realidade.
Estou deitada, gelada
Como se andasse no espaço.
Meu tempo de evasão acabou,
Meu dia começou,
Tem outra verdade,
Com o mesmo desejo
De ser desejada,
Com a mesma ansiedade
No meu coração.
Já é dia claro
Não há escuridão.
Acabou meu sonho
Ficou a ilusão
De até mim chegar
A doce carícia da tua mão.


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