CIDADES
Nossas cidades de encantos,
Quantos?
Conhecem os teus recantos.
Ruelas que te dão vida,
Belas escadinhas escondidas,
Todas de calçadas polidas,
Por milénios percorridas.
Tão queridas!
Pisadas tão levemente
Por tanto pisar ausente,
Procurando uma saída,
De algum beco onde entrou
No percurso desta vida.
Mas, quantas esquinas dobradas,
De sentimentos perdidos,
Quantas emoções trocadas,
No pisar destas calçadas
Entre sonhos, destruídos.
Há nestas cidades, de encantos,
Quem só piza, Avenidas,
Quem não conhece, os recantos,
Quem nunca subiu calçadas,
Mas não dá valor á vida.