quinta-feira, 4 de novembro de 2010

POEMAS DESCRITIVOS DO LOCAL DA FAZENDA ONDE VEIO A LUZ AO MUNDO



RECORDAÇÕES

Recordo os pássaros
Chilreando nos salgueiros
E o vibrante cantar das rãs
Na corrente lenta dos regueiros.
Chapinhar descalça, livremente
Na água límpida da rega
Que corria docemente.

RECORDO…

A música suave, tocada pela brisa
Na folha das caneiras
E de brincar às casinhas
Sob a grande copa das nespereiras

RECORDO…

Quando subia a cada arvore
Ofegante de ansiedade
Escalando o ramo mais alto
Sentir total liberdade.
Apanhar a fruta fresca
Que mais me fosse de agrado
Comê-la ali, reluzente e sumarenta
Que prazer… só hoje valorizado.


Poema do Livro "UMA PEDRA NO CHARCO Refugio" de Lidia Frade


PELO MEU OLHAR

Penetro o meu olhar
Na noite branca
Ou em camadas suspensas
De atmosferas nebulosas
Banhadas de luar

Presente em meu olhar
Uma casinha branquinha,
Baixinha
Entre montes abrigada
Entre nascentes, cantada.

Imagens filmadas
Lembranças guardadas
Rebuscadas
Pelo meu olhar,
E pela minha capacidade
De sonhar.

Acordo… abrindo os olhos
Ao dia que nasce,
Enquanto assim vai
Nascendo o sol,
Que na minha janela
Já sorri para mim!

E vejo o invisível
Através da distância,
A minha casinha
Branquinha, baixinha,

Entre montes abrigada
Entre nascentes, cantada
Recatada, encantada
E guardada,
Pela minha capacidade
De sonhar.

Poema do Livro "A FAZENDA ONDE VEIO A LUZ AO MUNDO" de Lídia Frade

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