quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ESPONTÂNEOS DE NATAL










NATAL DE HOJE


Tudo na vida tem tempo,
Tempo na vida tem hora,
Natal, festa de momento,
Chega breve, e vai embora.
Apenas tempo de festa,
Para quem quer festejar,
Apenas tempo de trocas,
Para quem quiser trocar.
Mas tempo de doação,
Para quem quiser doar,
Dádivas, de coração
Sempre um bem a alcançar.
Entre amigos e queridos
Será assim meu Natal,
A uma mesa reunidos,
Sempre festa, e sempre igual.
Entre pratos e travessas,
Reúnem-se assim iguarias
Sobre uma toalha de festas,
Com mães, sobrinhos e tias.
Depois, cumprem ritual,
De mais, ou menos lembranças,
Não esquecendo o principal,
Da festa, que são as crianças.


Tecnologia, tem meu Natal
Para ver quem está longe
E como é fácil afinal…
Sou sortuda em tempos de hoje,
Em ter assim meus queridos,
Em ter assim meus amigos,
Em ter assim meu Natal.


Lídia Frade


PERDIDO NO TEMPO
NATAL


Com memórias de infância
Com histórias guardadas
De quando era criança
Natal, das bonecas de trapo
Que a avó Quina fazia
De qualquer farrapo.
Natal, dum presépio de papel
Com figuras recortadas
Mas pintadas sem pincel.
Natal dos sapatinhos
Deixados na chaminé
Onde Jesus descia, pelo seu pé.
Natal das broas
Que a mãe amassava e cozia
E de manhã, com uma moeda
No sapato aparecia.
Natal onde, com uma broa
Que era da mãe, não de Jesus
Se acabava a magia.
Natal simples Natal
Quando a um monte subia
Um pinheiro vivo cortava
Um monte de musgo arrancava
Da terra onde água vertia.
Natal, onde uma árvore
Num canto da casa se erguia
Onde enfeites não havia
Onde um moleiro de trapos subia
E farinha num saco trazia
Que era visto como símbolo
E na casa o pão garantia.
Natal onde flocos de algodão
Simbolizavam magia, da neve
Que em Dezembro caia.
NATAL NATAL NATAL
De corações e braços abertos
Vazios de coisas inúteis
Mais de corações despertos!
Natal, este sim, sem coisas fúteis.


LÍDIA FRADE

Sem comentários: