sábado, 4 de abril de 2009

VOLTAR


VOLTAR

Ao silêncio dos silêncios
Compacto duro pesado.
Onde se sente
O peso que não existe,
Quando o silencio é protegido
Pelo grito calado
Dentro de paredes duplas
E de vidro redobrado.

VOLTAR

Mas, onde o conforto bloqueia
O canto das rãs no charco
Os pássaros a chilrear
Os poéticos sons
Da natureza no ar.

Mas, como é bom voltar!
A desfrutar, a sentir
Um pleno raiar de um Verão
Sentada ali, pelo chão.
Ou num portal esperar,
Que o sol se vá,
No seu lindo mergulhar.

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