O calor anda arredio
Por mais desejo que exista
Vai-se correndo p`rá praia
Mas o tempo de Verão e estio
É mais, de ventania com areia mista,
E vai-se… por ir p`ra gandaia.
As auroras de romãs
Que se víamos nascer nas praias
Será mais, para atrevidos
Ou pescadores… de saudades vãs
Que deitam… vistas soslaias
Com apetites desmedidos.
Escolhesse o melhor local
Para estendal, de toalhados
Espetasse o chapéu de sol
E com um para vento informal
Estão… seus espaços demarcados
Está na hora de acalmar, seu corpo mole.
Sendo do vento abrigada
Que sob o sol se aqueceu
Chega a hora do mergulho
Corre a família animada
Mais um amigo, que cedeu
Não vão trata-lo “ de engulho”.
Uns se atiram, outros trepam
P`ró cachaço… do mais forte
Também á… quem seja contida
Até na alegria, que os cercam
E reclame… pela má sorte
Por uma bolada, já perdida.
E foi tal o fernesim, os movimentos
Que em fome, e sede, se tornou
Já se procura, e se abre….uma geleira
Das bebidas, das comidas, estão sedentos
Das delicias, que a mão de alguém preparou
Para famintos, com todo o amor, e á maneira.
De palmadinhas nas costa,
Surge assim mais um amigo!
Mas será assim!... ou não?
Será amigo apenas! Aquele de quem se gosta
A festa… és tu e eu… e eu contigo!
São todos os que chegam, de amor no coração.
Pobretes mas alegretes,já dizia a minha avó,
Na casa ou mesa, de qualquer pobre,
Se vem por bem… cabe sempre lá mais um
Uma saborosa caldeirada, dentro um ovo, de cocó,
Pode ser servido a um, nobre,
Só aqui vai encontrar, jamais em lugar algum.
Verão querido… ou querido Verão!
Tanto me faz, como fez,
Tempo de férias, ou de lazer
Tempos difíceis, de contenção
Onde impera, aconselhável sensatez
Onde vale mais o ser, do que parecer.
LÍDIA FRADE