de LÍDIA FRADE - TRÊS LIVROS PUBLICADOS, PARTICIPAÇÃO EM CINCO ANTOLOGIAS DE POESIA E EM VÁRIAS OUTRAS EDIÇÕES * NASCEU ESTE ESPAÇO EM 11-02-2008 *
sábado, 29 de janeiro de 2011
PALAVRAS FLORIDAS
PALAVRAS FLORIDAS
Eu guardo a palavra flor
Da brava roseira florida,
E da doce madressilva
Eu faço um ramo de festa
Juntando a flor delicada
Da mais selvagem giesta.
Que palavras escolheria
Para descrever a beleza
De imaculada pureza
Que há na flor de laranjeira?
Com toque rijo de cera
Facilmente se desprende,
Se solta,
Num gesto cadente,
Como do símbolo se perdeu
Perdendo da noiva o véu.
Poema de Lídia Frade
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
NÃO HÁ SONHOS NO SILÊNCIO
NÃO HÁ SONHOS NO SILÊNCIO
Um portão que se abre
Se não estiver trancado
Um olhar ansioso
Uma casa sem luz
Um coração fechado
Num corpo vazio.
Penetra-se o silêncio
Com passos seguros
Tudo é frio, tudo é gelado,
O acender de luz
Que não dá vida ao quadro
O carregar de um botão
Num televisor parado,
Só porque está alguém
Do outro lado.
O som dos sapatos
Numa escada de ferro,
Só esta presença
Num vazio imenso,
E o final de sonhos
Que estão encerrados,
E os erros de vidas
Que são mal calculados.
sábado, 22 de janeiro de 2011
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