APENAS MÃE
Nem o mar sem barcos
Se pode achar vazio.
Como eu,
Com os minutos contados
Ou descontados,
Nas horas paradas
Acordadas,
De cada noite fria.
Com as palavras multiplicadas,
Usadas, cansadas ou evitadas,
Mas bem presentes,
No recordar de cada dia.
Por uma estrada estreita,
Por um percurso feito
Por vertentes estonteantes,
Á velocidade que arrepia.
Pela violência da dor,
Sentida, contida,
Pelo grito calado,
Fechado.
Pelas dores de um parto magoado
Ou por ser,
APENAS, MÃE.
NOSSA VIDA
O tudo da vida
Nada mais é
Que a própria vida!
O tudo da vida
É um óvulo!
O desenvolver, o crescer,
É o sentir o bater
De um outro coração,
Dentro do seu próprio corpo
Do seu próprio ser.
O tudo da vida
É sentir sair das entranhas!
Com a dor
Um misto de alegria
Por dar a vida com amor!
A certeza da vida
É saber que jamais!
Poderá,
Alguém ser pai!
Se não existir!
UMA MÃE!
POEMAS DO LIVRO AMOR ATERNO DE LÍDIA FRADE
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